Psicopatologia: Definições, Conceitos, Teorias e Práticas
Objetivo: o principal objetivo deste trabalho consistiu em pesquisar e descrever as principais Definições, Conceitos, Teorias e Práticas utilizadas na Psicopatologia. Métodos: triangulação de dados obtidos por revisão não sistemática em fontes secundárias, e análise correlacional em periódicos científicos brasileiros indexados nas áreas de psicologia, psiquiatria e psicanálise utilizando as palavras-chave: (a) Psicopatologia Definição, (b) Psicopatologia Conceitos, (c) Psicopatologia Teorias, e (d) Psicopatologia prática. Conclusão: a Psicopatologia está diretamente ligada com diferentes áreas do conhecimento. Sobretudo, entre a Psicologia, Psicanálise, Neurologia e Psiquiatria. Dessa forma, devido aos muitos discursos que ela abrange possui uma grande dificuldade de coesão teórica.
Palavras-chave: Psicopatologia, Semiologia, Semiotécnica, Sensopercepção, Nosologia, Nosografia.
Um fenômeno é sempre biológico em suas raízes e social em sua extensão final. Mas não nos devemos esquecer, também, de que, entre esses dois, ele é mental (Jean Piaget).
1. Introdução
A etimologia da expressão Psicopatologia é composta de três palavras gregas: psychê, que produziu "psique", "psiquismo", "psíquico", "alma"; pathos, que resultou em "paixão", "excesso", "passagem", "passividade", "sofrimento", "assujeitamento", "patológico" e logos, que resultou em "lógica", "discurso", "narrativa", "conhecimento". Dessa forma, Psicopatologia pode ser compreendida como um discurso ou um saber (logos) sobre a paixão, (pathos) da mente, da alma (psiquê). Ou seja, um discurso representativo a respeito do pathos psíquico; um discurso sobre o sofrimento psíquico sobre o padecer psíquico. A psychê é alada; mas a direção que ela toma lhe é dada pelo pathos, pelas paixões. (BERLINCK, 1998 apud CECCARELLI, 2005).
A expressão Psicopatologia, que deu nome ao que muitos médicos faziam, principalmente na França, na Alemanha e na Inglaterra, durante todo o século XIX, inaugurou a tradição médica que se manifesta, até hoje, nos tratados de psiquiatria e de Psicopatologia médica. O aparecimento da Psicopatologia como disciplina organizada se dá com a publicação da Psicopatologia Geral (1). (Et seq. Idem).
Para Jaspers a Psicopatologia é uma ciência complexa: é uma ciência natural, destinada à explicação causal dos fenômenos psíquicos mediante os recursos e teorias acerca dos nexos extraconscientes que determinam esses fenômenos; e é ciência do espírito, voltada para a descrição das vivências subjetivas, para a interpretação das suas expressões objetivas e para a compreensão de seus nexos internos e significativos. A Psicopatologia deve considerar o individuo globalmente atentando sempre para os padrões de normalidade aonde o indivíduo a ser questionado está inserido, não se deixando guiar “cegamente” pelos sintomas. Considerar um sintoma isolado é fazer com que o objetivo principal de entendê-lo (compreender o indivíduo) seja esquecido(FIGUEIREDO, 1989 apud MENDOZA, 2007).
Barlow & Durand (2008) também salientam que a Psicopatologia é um termo ambíguo: refere-se tanto ao estudo dos estados mentais patológicos, quanto à manifestação de comportamentos e experiências que podem indicar um estado mental ou psicológico anormal. Os transtornos psiquiátricos são descritos por suas características patológicas, ou Psicopatologia, que é um ramo descritivo destes fenômenos
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